Curiosidade sobre colchões

Hoje dormimos em colchões macios, confortáveis, produzidos com alta tecnologia. Mas não foi sempre assim.
No princípio o homem dormiu no chão duro e frio. Mas não levou muito tempo até ele formar um montículo de folhas, palha e ramos criando uma superfície mais confortável para dormir. Ele logo colocou uma pele animal em cima do montículo para servir de lençol e usou outra como cobertor. Depois formou o que mais tarde viria a ser chamado de colchão, costurando duas peles ou tecidos e enchendo com os materiais que antes estavam no chão (folhas, palha e ramos). Para tirar o colchão do chão e suportar seu peso foram construídas armações de madeira crua amarradas em cruz com cordas. Era preciso estar bem amarrado pois normalmente as cordas afrouxavam. Essa cama básica era chamada de paleta (pallet).
Os indícios arqueológicos assinalam que as primeiras camas primitivas datam do período Neolítico, há 10.000 anos atrás. Por volta de 3.400 a.C. os faraós egípcios descobriram que fazia bem dormir em plataformas acima do chão; Tutankahmon tinha uma cama de ébano e ouro. As pessoas comuns dormiam em pilhas de folhas de palmeira a um canto de suas casas. Os romanos inventaram a cama aquática: os usuários (normalmente os cidadãos mais privilegiados) se reclinavam em "berços" de água quente ou morna até ficarem sonolentos, quando eram transportados para um berço seco ao lado, acolchoado, onde seriam balançados suavemente até que chegassem ao sono profundo. As primeiras camas luxuosas da História são do Império Romano, freqüentemente decoradas com ouro, prata e bronze e preenchidas com feno, forragens, lã e plumas para máximo conforto (calor e suavidade).
No período da Renascença os colchões eram feitos, normalmente, de casca de ervilhas, palha e penas estufadas dentro de espessas membranas, posteriormente forradas por veludos, sedas e brocados. Nos séculos XVI e XVII eram forrados por palha e suportados por uma rede de cordas. O final do século XVIII marca o advento dos estrados de ferro e dos colchões de couro como forma de tornar as camas menos atrativas para os insetos, companhias até então toleradas mesmo nos leitos da realeza.
Mas até chegarmos ao estágio atual, onde é possível definir o colchão ideal considerando o biotipo de cada um, o homem dormiu em esteiras, redes e colchões preenchidos com palha de milho e outros tantos enchimentos.
Hoje é possível escolher diversos tipos e modelos de colchão, de acordo com a preferência de cada indivíduo. E o Instituto Nacional de Estudos do Repouso se dedica a assegurar a qualidade dos produtos de seus associados.
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